Em São Francisco de Assis do Piauí, os riachos secaram faz tempo.
Por causa da demora, moradores pagam combustível dos carros-pipa. No Piauí, até mesmo o abastecimento por carros-pipa não tem sido suficiente e os agricultores dizem que precisam pagar para receber água distribuída pela Prefeitura.
Em São Francisco de Assis do Piauí, a 500 quilômetros de Teresina, os riachos secaram faz tempo. Gênero de primeira necessidade, no semiárido a água virou raridade. A dos poços é tão salobra, que faz rachar os reservatórios. Só o gado bebe.
Com o período chuvoso irregular, os agricultores do município perderam quase toda a safra de milho e só 40% das roças de feijão foram salvas.
A última chuva caiu no local em maio, desde então, as famílias passaram a aproveitar a água acumulada nas cisternas, o que durou até o mês de agosto. Desde então, a única alternativa é o abastecimento por caminhão-pipa, que não chega a todas as comunidades, a não ser que se pague o combustível por fora.
A água que custou tão caro e deveria vir de graça, Milton Costa agora usa em casa, dá para as ovelhas e ainda divide com outras quatro famílias de Belmonte. Um dos beneficiados com a ajuda foi Edson Rodrigues, que fez o cadastro na Prefeitura para ser abastecido, mas o cartão que controla o abastecimento, nunca chegou.
O município de São Francisco de Assis do Piauí é atendido pela Operação Carro-Pipa. São 10, apenas um da Prefeitura e os outros são da Defesa Civil Estadual e do Exército. O que Milton pagou é da Prefeitura.
O prefeito Genivaldo dos Santos Irineu alega que a estrutura é insuficiente. “Nós temos atendido as pessoas dentro do possível. Isso não acontece em muitos casos, apenas em alguns casos, os agricultores se disponibilizam a colocar combustível para receber água mais rápido”, diz.
Fonte: Globo Rural
